Enquantos muitos choram e se desfazem Outros se isolam e se perfazemQuerendo não ver a cor dos olhos teus Querendo esconde-se do que vivoEnquanto muitos fogem Poucos enfrentam Enquanto muitos se escondem Poucos agemCalar-se diante de tudo É mais fácil,A enfrentar-teO considerado ser intocávelPolíticos podres de poderInsensatos de poderPolíticos repletos de vigorVazios de compaixãoEntendem, desejam mais,Sempre mais,Para que outros tenham menosMenos amorMenos vidaMenos catividadePodres que se escondem Por de traz de placasPor de traz de palavrasPodres por dentro Podres e sem alento Podres de poder Que só temem o cargo perder
Versoso vestidos de vermelho.Versos que se observam ao espelho.Que conversam:Como pudera assim se entrelassar?Como pudera assim me estigar?Versos, versos!Onde está perdido?Não preferes que te indique o caminho?Não sei onde me perdi.Teus espaços me confundem.Como o fizera?Indique me o caminho.Meus espaços te contemplam,Minhas virgulas te controla.Não há um caminho,Não há uma fórmula.Mas versos!Não quero ser livre!Não quero ser branco!Já podes ser o que quiser.Já podes usar apenas pontos.Já podes se achar nos espaços.Por que amantes?Tuas virgulas e pontos me inventam,Minhas virgulas e pontos... Te contemplam.Versos, não sei fazer se não em versos.Não sei crer se não em versos.Se não amantes!Amo-te versos.