quarta-feira, 17 de março de 2010

sonetos: sonhos de vento

Uma escada turva e sintética
Não alcança onde deveria
o andar de cima

o que todos gostariam
o que todos sempre complicam
o andar de sima
o sonho para quem
o pode ter
o desencontro de que não vê chover

de lá poderia melhor ver a lua
e quem sabe o sonho dos outros
os meus perdi, junto com minha mala e travesura

no caderno novo que ganhei só se encontram versos
sem sentido, sem um desejo definido
no diario que um dia escrevi
haviam sonhos, não os meus, mas os de quem escrevia
ora seus, ora deles
os quais bem presentes
que um dia já foram mente
que se realizaram mas não no andar de cima

lá ninguém chega,
a não ser que se termine a escada
mas é arriscado todos os sonhos, me disseram

Estão lá trancados.

terça-feira, 9 de março de 2010

Escadassando

Uma escada turva e sintética
Não alcança onde deveria
o andar de cima

o que todos gostariam
o que todos sempre complicam
o andar de sima
o sonho para quem o pode ter
o desencontro de que não vê chover

de lá poderia melhor ver a lua
e quem sabe o sonho dos outros
os meus perdi, junto com minha mala e travesura

no caderno novo que ganhei só se encontram versos
sem sentido, sem um desejo definido
no diario que um dia escrevi haviam sonhos
não os meus, mas os de quem escrevia
ora seus, ora deles

os quais bem presentes que um dia já foram mente
que se realizaram mas não no andar de cima
lá ninguém chega,a não ser que se termine a escada mas é arriscado
todos os sonhos, me disseram
Estão lá trancados.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Dialogo em delírio


Deitada sobre a cama

Belos peitos que desprovidamente se mostram
Entreabertos lábios palpejam sob formas
Inconsciente se desdobra
Não puderas tu ser menos bela?
Para dar-me menos trabalho fechando a janela
Para que outros de supetão não a contemple
Não a seus lábios tente
Para que não queiram o que só a mim pertence
lábios entreabertos
Que me chamam carentes
A pedir beijos ardentes
Que entre dente e repente não queiram ser mente
E sim contente
Para que em momento repente não se mostre ausente
De dadas farturas citadas
De dadas mãos encontradas

Apenas pare, me contemple
Pois quando abrira os olhos fui eu que aqui estive
Mesmo que desse estar no entrave
Fiquei aqui para tocar tal iluminada face
Que não só aos olhos esbanjava
Como agora toca minha mão
Talvez me queira junto ao chão
A seu lado quando partir
Em um canto para sorrir
Entenda, em encanto, sutileza me perdi perante a beleza
Que me devora ao sorrir
De um caminho que tracei
E esqueci-me que torci
Para ver-te nesse estado
E roubar o amor de teu peito meu amado!