segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Sequestro de pensamento


Sequestrado foi por quem não conheço,
Meu pensamento,
Já não me pertence
Fora roubado
Antes que o pudesse contemplar

Pensamentos postos num papel
Pensamentos furtados por lábios
Nada que pudesse evitar
O furtante veio de subto
E o levara de mim
E assim o cativou como dele

Pensamento sequestrado
Antes que pudesse ser amado

sábado, 22 de novembro de 2008

Liebe


"I can see clear the stars
the raining is gone"

Nada que a mente possa tocar
Evita a vontade de amar-te
Entre coxas e sonhos
Entre estantes e entranhas
Entre cavernas e montanhas

Nada que me limita o céu ver
Nada que faça o amor esquecer
Toda essa escada em mais que transição
Em mais que paixão

Ich liebe dich

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Carta anôni.a


Vou te mandar uma mensagem pelas estrelas
Te dizer ao pé do ouvido
Todas as coisas que sinto

Dizer-te
Que o mundo ainda necessita de nós
Que meu peito sente tua falta
Meu cortpo teu calor

Dizer-te
" as estrelas ainda brilham
Mas não longe de teu sorriso vivo"

As arvores que crescem
Nosso jardim abitam
As flores que brotam
Nossa imaginação cativa
Os galhos que podres caem
Nosso desejo recolhe

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Templicidade


Tempo, vigoroso tempo
Templo temperado
Tens em ti tudo errado
Tempo mesquinho
Que me rouba as alegrias
Que leva-me o encanto
Tempo, torturoso tempo
Crias em mim
Imagem de ti
Inconsolação infindável
Tome de mim
O gosto pela rima
A escuridão dos montes
A divisibilidade das estrelas

Tempo. Tempo
Não sabes o quanto me toma
Não crês em mais nada
Não suporta mais a caminhada
Tempo, incontrolavel tempo
Temporado desamado
Templo escaldado
Cerca-me em calvo espaço
Estende-se em pedaços
Reintere o escaço
Há de friesas esquentar
Há que meu tempo venha a chegar
Com voz refringente chamará
Ouvirei e hei de me calar

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Dizes


Quando dizes que me ama
És difícil responder
Quando sinto que me ama
És fácil corresponder

Quando longe estou
Perto queria estar
Quando paro de pensar
Rapidamente torno-me a ti

Mas o que são meras palavras?
Se não meios de confundir?
O que são meros pensamentos?
Se não para difundir?

O que pode ser tudo que envolve?
Se não o mesmo que esculpe?
Como podes ainda sentir fome?
Se já não estás mais sozinho?

Não há economia de palavras
Não há falta de sentimento
Há estranho afastamento
De tudo que quero envolver
Junto a teu rosto

Como se...


Como se nada me viesse a mente assim estou agindo
Teu peito distante do meu não quero ter
Tua mente longe da minha não mais contemplar

Como se nada me viesse a mente assim me sento
Olhando para o tempo
Lendo tal jornal

Como se nada me viesse a mente assim me tento
A ver-te sentado a minha frente
A não ter a capacidade de admitir

Como se nada me viesse a mente assim
Levanto-me
A retirar-me
A conformar-me em não ter-te