quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Caderanna


Comprei uma cadeira
Que não existia
Que não estava disponível

Por que comprei então?
- Porque era bonita, me fazia bem
- Me engrandecia
- Ela sorria para mim

Tentei comprar uma cadeira
Terei de experá-la chegar
Estar pronta, não é pré-fabricada
Mas também não é artesanal
Simplesmente não existe ainda
Está para ser inventada
Está no inconciênte do inventor
Esperando para ser comprada

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Mir.imagem



Olhe ali andando
É ela
Não, não é ela,
Mas se parece com ela,
Tem o rosto meigo e cativante
A mente aberta e saltitante
É ela,
Não, não é ela,
Mas como pode não ser?
Não acretito que não seja
Olhe para ela!
Se parece tento com ela
Será um sonho?
Não, não, é ela!

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Releve


Vou escrever até que minha mão caia
Vou falar até que compreenda
Vou gritar até que me escute

Releve o que te peço, pois acho insensato
Vamos deixar aquela história de lado

Vamos viver isso agora
Não vá se esconder
Não deixe que me esconda
Enquanto quero teu calor
Tuas palavras me são gelo
Enquanto quero perto
Insiste em se afastar
Não só eu,
Não só você
Fazemos isso
Fizemos isso
Mas apenas percebemos quando nos toca
Quando nos afeta
E vamos assim nos afetando
Até que o afeto se desfaça

Pare!
Pare agora
Paremos

Com tudo que machuca
Tudo que é insensato
Não me peça sinceridade na tristeza
Pois essa é vingativa e irreal
Me peça doces palavras
Doces abraços e beijos

Companhia
Que cuide de você
Que esteja com você
Não me peça a verdade na mágoa
Pois essa é irreal, insana
Inconstante
Releve as palavras que te peço

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

MIAP


Inspiro-me em teus lábios
Tua pele morena
Teus museu interiores
Tua platonicidade atônita
Essas paixões estranhas

(MIAP - Minha Inspiração Anna Paula)

Lívida


Ai cabeça

Ai cabeça
Lembra, lembra
Onde deixaste o gosto
Onde deixaste o gesto
As palavras de amor
Sei que estão aí escondidas
Por que não saem
Quando as quero tanto pronunciar
São tão belas e verdadeiras
Venham, venham
Me ajudem agora
Quero gritar para ela
Levar-te rosas, encantar sua juventude
Venham, venham
Quero sussurrar-lhe ao pé do ouvido
Mas vós magenstosas não vem
Me condenam
Me despresam
Restam me apenas palavras rudes
Que ordenadas se destroem
E destroem qualquer sentimento
Que vocês majestosas poderiam cativar
Essas outras me comem
Como podem sacanear tanto alguém que ama!

In-título


O que toda a complexidade do mundo envolve?

Cada ato não pensado? Cada beijo não dado? Por que me sinto mal pelo que não fiz?
Como posso me sentir mal pelo que não controlo?
A todas essas perguntas vejo apenas uma resposta: humano
É esse o tom que devo levar a minhas conclusões: humano
É esse o caminho que devo seguir: humano
É tudo que não posso controlar que devo consentir: humanos
Nem sempre o que vem à mente de outros é o que vem à mente de apenas um... Nenhum ser pode conter toda a humanidade (pelo menos não um que exista).
O que é a existência? Se não um viver buscando coisas que possam satisfazer meus desejos mais ocultos, que cultivo no fundo de minha alma que ninguém toca. Que nenhum outro sente. Todos os desejos e ações. Tudo que um dia foi canção. Canso-me de tentar achar palavras. Cesso-me a viver medíocre. Inundo-me de influências, sejam boas ou ruins, não importa! Apenas quebro a cabeça em um movimento desordenado de dedos e adagas, a penetrar uma a uma, em um crânio que não deseja mais consumir energia. Que não deseja mais produzir inutilidades.
Um homem qualquer diria: “nem tudo está perdido, ainda podemos recomeçar!”. Recomeçar o que? Se não há começo assim como não há fim. Não existe meio termo, não se pode ser parcialmente, a existência nos controla e dentro de nossos ossos planta a regar todos os dias paranóias, que deveriam ser controladas, mas não são. “Ou você controla o medo ou ele te controla, não tem meio termo”.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Pé de vento


Ele veio soprar minha janela
Como quem não quer nada
Bateu na vidraça
Arremeçou três pedrinhas esperado que eu acordasse
Não respondi
Resolveu então bater a porta quem sabe ouvisse
Mas sutil, como que não querendo encomodar
Bateu levemente três vezes
Achei ter ouvido alguma coisa
Ele veio soprar minha janela
Como quem não quer nada
Bateu na vidraça
Arremessou três pedrinhas esperado que eu acordasse
Não respondi
Resolveu então bater a porta quem sabe ouvisse
Mas sutil, como que não querendo incomodar
Bateu levemente três vezes
Achei ter ouvido alguma coisa
Mas não tive certeza deixei quieto
Tentou então verificar a porta dos fundos
Para ver se eu não estava na cozinha
Tive a impressão de ver um vulto
E sai correndo, assustei-me com aquilo
Ele então rondou a casa
Tentando de alguma forma me fazer perceber
Não respondi
Ele se afastou deu um tempo
Resolveu então que mandaria uma carta
Nada de muito extravagante
Apenas um "estou aqui"
Ignorei, não sabia o que era, não entendia direito
Voltou tocou tocar a campainha
Mas com medo não abri
Quando um dia
Chegou batendo panela, fazendo zuada
Quis ser sutil e não pecebi
Pedira permissão para entrar e não deixei
Quando vi já estava dentro de casa,
Mais acomodado que parente chato
Não era chato
Era lindo
Como demorei tanto tempo
Para deixar-te entrar!
Ou perceber que já havia entrado?
Era isso
O Amor quem me batia a janela
Quando mergulhei nos olhos teus

sábado, 12 de novembro de 2011

Perdido


Onde estava?

Perdi-me no corredor
Mesmo reto
Perdi-me
Mas que cabeça não?
Parecia que estava na contramão
Mesmo não vindo ninguém
Mesmo que só possuísse o porém
Voei
Fui ali e voltei
Sem que meu pé se movesse
Curioso não?
Acho que pensei
Não sei talvez encarnei
Mas que coisa! Parece que chorei?
Os olhos me ardem
O canto ta incomodando
Tava ali e agora aqui
To perdido, mas parado
Não sei quando volta
Se fui vou voltar
Mas vim dali ou daqui?
Me ajuda acho que cuspi?
É foi sim, bem ali
Ou foi o daqui
Ta meio confuso
Eu vou é dormir
Mas aonde
Como posso sair?
Oi? O senhor pode me dar uma informação?
Mas como? O trem não para não?
Isso é um trem?
E vai para onde?
Você vai me deixar maluco em?
Não queira isso
Só quero minha amada
É eu marquei com ela
Mas que horas?
Que horas são agora?
Meu deus engoli o trem
Vô perder meu bem
Tô confuso, tô chato, tô passivo
Inquieto e sem sorriso
Já sei
Ligarei para um amigo
Não péssimo
Ficarei aqui escondido

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

que foi?
não se vá ...
não há uma só noite que não possa fcar?

Mas como podes tu não estar mais a fim?
Se foi de teus doces lábios que ouvi o sim!

Não me faça chorar desenfreada
Não me deixe desnuda em sua cama amada!
Quero apenas contemplar teus olhos
E neles ler ...
Que ainda é verdade
E que sempre será possível ...

Mas não, insistes em me repelir

a terminar...

(04/12/2010)

Mundo


Vou navegar o céu e encontrar o mundo

Para te entregar e fazer com que entenda
Ele tem de ser livre
E o liberte
Para que se entregue e me entenda
E se liberte do que te condena

Vou navegar o céu e encontrar o mundo
Para te entregar e fazer com que entenda
Ele tem de ser livre
E o liberte
Para que se entregue e me entenda
E se liberte do que te condena

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

F.


Sinto uma doce brisa em meus cabelos

Queria eu que fosse sua respiração
Mas longe estas e não podes correr
Não te pertence um teletransporte
Ou um motor de dobra
Para que chegue rapidamente até mim
Não controlas a distorção do espaço
Para que como um salto quantico ou tunilamento me encontre

Não dominas o tempo ou as vontades
Não controlas os raros mares
Não me controlo
Não me contento
Apenas estou a escrever-te
Como quem deseja o céu sem poder tocá-lo

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Leve Suce


Ela adormece
Bela e nua
Sobre meu colo
Que a acolhe
Tentando protegê-la
De seus pensamentos mais sórdidos e sombrios
Tentando protegê-la
De seus medos tão inonscientes e infantis
Tentando protegê-la
De uma alma desprendida
De seus anseios infundados
Tentando amá-la
Em cada noite de suspiro
Tentando cativá-la
Em cada segundo amargurado
Tentando não destruir
Um sentimento tão bonito instaurado
Um sentimento leve e sonífero
Que a faz adormecer no colo meu

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Indiviuo


Não faz mais sentido

Tudo doi
A razão, o corpo, o peito principalmente
Tudo destruido
Tudo inundado
Uma tromba d'água de sentimentos
Bons, ruins
Confusos
Abstratos
Vontades repelidas
Intenções mal resolvidas

Tudo doi de forma tão intensa
De forma tão estensa
Tem que parar...
Tem que passar
Tenho que sair
Fazer alguma coisa
Qualquer coisa
Um bar a meia noite
Uma lanchonete no fim datarde
Com quem?
Comigo...
A pessoa mais divertida de todas
Eu mesma
Apenas eu
quem serei capaz de me fazer feliz

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Meta-física


Estava andando tentando entender

Por que que para o onde quer que olhe lembro de você
Está ocupando meus pensamentos
Meus circuitos
Esses transientes, inconciêntes
Que insiste em invadir
Minhas resistências cerebrais
Minhas correntes alternadas
Picos de clock
Picos de vontade
Picos de desejo
Que me lembram cheiros
Toques
Imagens
Essas coisas invadem minha mente
Meu sistema mais que elétrico
Nada eletrônico
Que insiste em curto-circuitar
Ao estar a seu lado
A anular as impedâncias
E querer apenas que ressoe
Um beijo
E se considerem placas ideais
Com uma transferência perfeita de calor
Sem descontinuidade temporal
Sem fluxos inversos de forças
Ou influência externa ao sistema
Desejo um sistema isolado
Ermeticamente fechado
Apenas dois corpos
Duas cargas
A ineragir

Idéias que fazem bem


Vamos tomar um banho
Nus sobre a chuva
Apenas ela a tocar nossos corpos
Apenas ela a ver-no nus
Lindos, leves

Apenas eu, você e ela
Ela a lua
Nossa companheira
Mas e eles os planetas como podemos esquecê-los
Como podemos não deixar que participem
Mas nem a Lua virá
Pois chuva a impede de nos admirar

Então somente eu, você e ela
Ela a chuva
Linda e explendorosa
Que nos acaricia o corpo
Que resfria nossos corpos
Em uma noite tão quente
Em que roubo seu calor
E compartilho parte do meu
A querer cada centimetro
Cada milimetro
Dessa cilhueta que me envolve
Que me aquece nua

100


Ela me olha
Com aqueles olhos de ternura
Que só ela tem
Que pertencem a ela
Olhos que me encantam
Me tiram o sono
O meu fôlego ao olhá-la

Sua mão leve percorre meu rosto
Fico a sentir teu toque
Por segundos
Querendo eternizar aquele momento
Continuando a sentir esse calor por dentro
Quase incontrolável

Ei de agarrá-la
Ei de beijá-la

Um sorriso terno
Inquietante
Can you read my mind?
Se posso
Só posso
Ler o que deseja
O que desejo querer que deseje também
Um momento mais além
Uma noite mais longa
O calor a me aquecer
Teu calor, teu colo
Teus olhos que me olham
Teu sorriso que me diz contemplar
Tua respiração ao pé do ouvido
Me descontrolo e...
Beijo-te