Comprei uma cadeira
Que não existia
Que não estava disponível
Por que comprei então?
- Porque era bonita, me fazia bem
- Me engrandecia
- Ela sorria para mim
Tentei comprar uma cadeira
Terei de experá-la chegar
Estar pronta, não é pré-fabricada
Mas também não é artesanal
Simplesmente não existe ainda
Está para ser inventada
Está no inconciênte do inventor
Esperando para ser comprada
Olhe ali andando
É ela
Não, não é ela,
Mas se parece com ela,
Tem o rosto meigo e cativante
A mente aberta e saltitante
É ela,
Não, não é ela,
Mas como pode não ser?
Não acretito que não seja
Olhe para ela!
Se parece tento com ela
Será um sonho?
Não, não, é ela!
Vou escrever até que minha mão caiaVou falar até que compreenda
Vou gritar até que me escuteReleve o que te peço, pois acho insensato
Vamos deixar aquela história de lado
Vamos viver isso agora
Não vá se esconder Não deixe que me escondaEnquanto quero teu calorTuas palavras me são gelo
Enquanto quero perto
Insiste em se afastar
Não só eu,Não só vocêFazemos isso
Fizemos isso
Mas apenas percebemos quando nos tocaQuando nos afetaE vamos assim nos afetando
Até que o afeto se desfaçaPare!Pare agora
Paremos Com tudo que machuca
Tudo que é insensato
Não me peça sinceridade na tristezaPois essa é vingativa e irrealMe peça doces palavras
Doces abraços e beijosCompanhia Que cuide de você Que esteja com vocêNão me peça a verdade na mágoa
Pois essa é irreal, insana
Inconstante
Releve as palavras que te peço
Inspiro-me em teus lábios
Tua pele morena
Teus museu interiores
Tua platonicidade atônita
Essas paixões estranhas
(MIAP - Minha Inspiração Anna Paula)
Ai cabeça Ai cabeçaLembra, lembraOnde deixaste o gosto Onde deixaste o gestoAs palavras de amorSei que estão aí escondidasPor que não saem Quando as quero tanto pronunciarSão tão belas e verdadeirasVenham, venhamMe ajudem agora Quero gritar para ela Levar-te rosas, encantar sua juventudeVenham, venham Quero sussurrar-lhe ao pé do ouvido Mas vós magenstosas não vem Me condenam Me despresamRestam me apenas palavras rudesQue ordenadas se destroem E destroem qualquer sentimento Que vocês majestosas poderiam cativarEssas outras me comemComo podem sacanear tanto alguém que ama!
O que toda a complexidade do mundo envolve?Cada ato não pensado? Cada beijo não dado? Por que me sinto mal pelo que não fiz?Como posso me sentir mal pelo que não controlo?A todas essas perguntas vejo apenas uma resposta: humano É esse o tom que devo levar a minhas conclusões: humano É esse o caminho que devo seguir: humano É tudo que não posso controlar que devo consentir: humanosNem sempre o que vem à mente de outros é o que vem à mente de apenas um... Nenhum ser pode conter toda a humanidade (pelo menos não um que exista).O que é a existência? Se não um viver buscando coisas que possam satisfazer meus desejos mais ocultos, que cultivo no fundo de minha alma que ninguém toca. Que nenhum outro sente. Todos os desejos e ações. Tudo que um dia foi canção. Canso-me de tentar achar palavras. Cesso-me a viver medíocre. Inundo-me de influências, sejam boas ou ruins, não importa! Apenas quebro a cabeça em um movimento desordenado de dedos e adagas, a penetrar uma a uma, em um crânio que não deseja mais consumir energia. Que não deseja mais produzir inutilidades. Um homem qualquer diria: “nem tudo está perdido, ainda podemos recomeçar!”. Recomeçar o que? Se não há começo assim como não há fim. Não existe meio termo, não se pode ser parcialmente, a existência nos controla e dentro de nossos ossos planta a regar todos os dias paranóias, que deveriam ser controladas, mas não são. “Ou você controla o medo ou ele te controla, não tem meio termo”.
Ele veio soprar minha janela
Como quem não quer nada
Bateu na vidraça
Arremeçou três pedrinhas esperado que eu acordasse
Não respondi
Resolveu então bater a porta quem sabe ouvisse
Mas sutil, como que não querendo encomodar
Bateu levemente três vezes
Achei ter ouvido alguma coisa
Ele veio soprar minha janela
Como quem não quer nada
Bateu na vidraça
Arremessou três pedrinhas esperado que eu acordasse
Não respondi
Resolveu então bater a porta quem sabe ouvisse
Mas sutil, como que não querendo incomodar
Bateu levemente três vezes
Achei ter ouvido alguma coisa
Mas não tive certeza deixei quieto
Tentou então verificar a porta dos fundos
Para ver se eu não estava na cozinha
Tive a impressão de ver um vulto
E sai correndo, assustei-me com aquilo
Ele então rondou a casa
Tentando de alguma forma me fazer perceber
Não respondi
Ele se afastou deu um tempo
Resolveu então que mandaria uma carta
Nada de muito extravagante
Apenas um "estou aqui"
Ignorei, não sabia o que era, não entendia direito
Voltou tocou tocar a campainha
Mas com medo não abri
Quando um dia
Chegou batendo panela, fazendo zuada
Quis ser sutil e não pecebi
Pedira permissão para entrar e não deixei
Quando vi já estava dentro de casa,
Mais acomodado que parente chato
Não era chato
Era lindo
Como demorei tanto tempo
Para deixar-te entrar!
Ou perceber que já havia entrado?
Era isso
O Amor quem me batia a janela
Quando mergulhei nos olhos teus
Onde estava?Perdi-me no corredor Mesmo reto Perdi-me Mas que cabeça não?Parecia que estava na contramão Mesmo não vindo ninguém Mesmo que só possuísse o porém Voei Fui ali e voltei Sem que meu pé se movesse Curioso não?Acho que pensei Não sei talvez encarnei Mas que coisa! Parece que chorei?Os olhos me ardem O canto ta incomodandoTava ali e agora aqui To perdido, mas parado Não sei quando voltaSe fui vou voltar Mas vim dali ou daqui?Me ajuda acho que cuspi?É foi sim, bem ali Ou foi o daqui Ta meio confuso Eu vou é dormirMas aonde Como posso sair?Oi? O senhor pode me dar uma informação?Mas como? O trem não para não?Isso é um trem?E vai para onde?Você vai me deixar maluco em?Não queira issoSó quero minha amada É eu marquei com ela Mas que horas?Que horas são agora?Meu deus engoli o trem Vô perder meu bem Tô confuso, tô chato, tô passivo Inquieto e sem sorriso Já sei Ligarei para um amigoNão péssimo Ficarei aqui escondido
que foi?não se vá ...não há uma só noite que não possa fcar?Mas como podes tu não estar mais a fim?Se foi de teus doces lábios que ouvi o sim!Não me faça chorar desenfreadaNão me deixe desnuda em sua cama amada!Quero apenas contemplar teus olhosE neles ler ...Que ainda é verdadeE que sempre será possível ...Mas não, insistes em me repelira terminar...
(04/12/2010)
Vou navegar o céu e encontrar o mundoPara te entregar e fazer com que entendaEle tem de ser livreE o libertePara que se entregue e me entendaE se liberte do que te condenaVou navegar o céu e encontrar o mundoPara te entregar e fazer com que entendaEle tem de ser livreE o libertePara que se entregue e me entendaE se liberte do que te condena
Sinto uma doce brisa em meus cabelosQueria eu que fosse sua respiração Mas longe estas e não podes correr Não te pertence um teletransporteOu um motor de dobraPara que chegue rapidamente até mim Não controlas a distorção do espaço Para que como um salto quantico ou tunilamento me encontreNão dominas o tempo ou as vontadesNão controlas os raros maresNão me controloNão me contento Apenas estou a escrever-te Como quem deseja o céu sem poder tocá-lo
Ela adormece
Bela e nua
Sobre meu colo
Que a acolhe
Tentando protegê-la
De seus pensamentos mais sórdidos e sombrios
Tentando protegê-la
De seus medos tão inonscientes e infantis
Tentando protegê-la
De uma alma desprendida
De seus anseios infundados
Tentando amá-la
Em cada noite de suspiro
Tentando cativá-la
Em cada segundo amargurado
Tentando não destruir
Um sentimento tão bonito instaurado
Um sentimento leve e sonífero
Que a faz adormecer no colo meu
Não faz mais sentidoTudo doiA razão, o corpo, o peito principalmenteTudo destruidoTudo inundadoUma tromba d'água de sentimentosBons, ruinsConfusosAbstratosVontades repelidasIntenções mal resolvidasTudo doi de forma tão intensaDe forma tão estensaTem que parar...Tem que passarTenho que sairFazer alguma coisaQualquer coisaUm bar a meia noiteUma lanchonete no fim datardeCom quem?Comigo...A pessoa mais divertida de todasEu mesmaApenas euquem serei capaz de me fazer feliz
Estava andando tentando entender Por que que para o onde quer que olhe lembro de vocêEstá ocupando meus pensamentosMeus circuitos Esses transientes, inconciêntesQue insiste em invadirMinhas resistências cerebraisMinhas correntes alternadasPicos de clock Picos de vontadePicos de desejo Que me lembram cheirosToquesImagensEssas coisas invadem minha mente Meu sistema mais que elétrico Nada eletrônico Que insiste em curto-circuitarAo estar a seu lado A anular as impedâncias E querer apenas que ressoe Um beijo E se considerem placas ideaisCom uma transferência perfeita de calorSem descontinuidade temporalSem fluxos inversos de forçasOu influência externa ao sistemaDesejo um sistema isolado Ermeticamente fechado Apenas dois corposDuas cargas A ineragir
Vamos tomar um banho
Nus sobre a chuva
Apenas ela a tocar nossos corpos
Apenas ela a ver-no nus
Lindos, leves
Apenas eu, você e ela
Ela a lua
Nossa companheira
Mas e eles os planetas como podemos esquecê-los
Como podemos não deixar que participem
Mas nem a Lua virá
Pois chuva a impede de nos admirar
Então somente eu, você e ela
Ela a chuva
Linda e explendorosa
Que nos acaricia o corpo
Que resfria nossos corpos
Em uma noite tão quente
Em que roubo seu calor
E compartilho parte do meu
A querer cada centimetro
Cada milimetro
Dessa cilhueta que me envolve
Que me aquece nua
Ela me olha
Com aqueles olhos de ternura
Que só ela tem
Que pertencem a ela
Olhos que me encantam
Me tiram o sono
O meu fôlego ao olhá-la
Sua mão leve percorre meu rosto
Fico a sentir teu toque
Por segundos
Querendo eternizar aquele momento
Continuando a sentir esse calor por dentro
Quase incontrolável
Ei de agarrá-la
Ei de beijá-la
Um sorriso terno
Inquietante
Can you read my mind?
Se posso
Só posso
Ler o que deseja
O que desejo querer que deseje também
Um momento mais além
Uma noite mais longa
O calor a me aquecer
Teu calor, teu colo
Teus olhos que me olham
Teu sorriso que me diz contemplar
Tua respiração ao pé do ouvido
Me descontrolo e...
Beijo-te