terça-feira, 31 de agosto de 2010

Nieve

Numa noite fria
flocos leves me tocam a pele ao andar pela rua
o polo chegou a mim
ou sou eu que estou a encontra-lo

numa tarde de sol comgelante
os caminhos me foram tomados brancos
ar ruas que cheias se esvaziam
apenas eu a contemplar os flocos

um céu azul se abre descontente
como a sacanear-me por nao querer aquecer-me

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Trevas


Um canto simples e obscuro
Não há nada que o mundo veja
Neutro canto à luz eterna
Apenas almas contemplam a vista

Do canto obscuro surge uma alma
Mas o que estava ela fazer daquele lado?
Nada seria sua resposta
Tudo, porém, ela profetiza

Do lado cláro vem andando uma alma negra
Gémeas poderia considerar-lhes
Não fosse a limpidez das trevas e a tenebrosa claridade.