segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Botas novas


Já, já, já sim!
Já me contaram que foi o fim
Que não vi, que não estive ali
Mas e ai quando vai ser?

Ser?
Ser o quê?

Oras a parada?

Já foi, foi esta manhã, parou
Não mais funciona
Apenas estática, apenas fria
Não responde
Não entende
Não contempla

Não! Não!
Quero saber da despedida!

Já foi, foi hoje
Não mais fala
Não mais ouve
Não mais faz nada

Não, não! O enterro!

Ah! Esse?
Esse não sei, mas não há de tardar
Afinal foi hoje, esse há de ser amanhã 


terça-feira, 1 de setembro de 2009

Retcente

Palavras, palavras,
o que quereis de mim, palavras?
quereis um novo canto?
quereis que vos jogue ao vento?
digam-me!
mas sem muitas palavras...

Palavras, palavras,
Não podeis vós entrar em greve
não podeis deixar-me assim
sem com que falar
sem como perturbar

Palaras, palavras,
sois belas intidades
sois o encanto de quem as tem
mas também a dor de quem persiste

Palavras, palavras,
Quero-lhes bem,
não ei de manipulalas, por hora,
não ei de desgastá-las
não quero que joguem-me fora
por simples não saber o que dizer.