segunda-feira, 30 de março de 2009

Soam


Pássaros voam
Pessoas se vão
Lâmpadas se apagam

Cada momento
Cada sonho
Cada um uma marca

A teu lado não sinto mais nada
O mundo se vai
Tudo se acalma

Protege minh’alma
Me soa cada palavra

segunda-feira, 23 de março de 2009

Passagens


Tic tac, tic tac.
O tempo passa
Tic tac, tic tac
Mas como passa
Tic tac, tic tac
Nem tudo passa
Do mesmo jeito
Para todos

Para quem não passa?
Para quem não tem mais a graça
O envolvimento
Quem não pode mais sentir o vento

Para quem passa?
Para aquele que ainda se sente livre
O ser que não se contenta com o pouco
Não se contenta com o vago
Que busca o conhecimento no pasto
No vento, mesmo no escasso
Para esse o tempo é vento
É amor, tem harmonia e é amante
Tem sentido, que não é constante.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Pensares


Um pensamento
A ilusão
O ultimo vagão
Nenhum deles pode me ver
Apenas os observo
Negros e severos
Nenhuma mente pode contemplar
Pois sou o pranto
O desencanto

Nada que os homens compreendam
Se me vissem
Se pudessem me ver
Não entenderiam
Teriam dó
Assim como tem dos meus semelhantes
Apenas passam
Descartam
Não se importando com o passado

Nada que um homem tenha
Pertence a ele
Tudo que tem o ilude
E aqueles que não têm ainda vivem
O perturbam
O tornam imundo
O faz sentir maior
Embora não seja mais que eles são

segunda-feira, 9 de março de 2009

Futuro futurar


Não queiras por bem futurar-se
Sem saber se é possível
Não estejas em mão para amar-me
Em guerra e coragem
Future-se não para o bem
Não para apenas estar
Future-se a ponto de poder amar
Não só as estrelas como também o mar

Tudo que nos envolve é belo
Não cabe apensa em mim
Não cabe apenas em mãos alheias ao pecado
Alheias a tudo

Estejas em mim
Future seu filho amado

segunda-feira, 2 de março de 2009

Vidada


Por que se cala?
Não há motivos
Tem-me toda a ouvidos
Por que não falas?

Não é possível não ter mais língua
Por que te calas?
Não é possível não ter mais vida

Em cada momento
Em cada ação
Sem vida nada seria
Nada estaria

Por que me insulta?
Se não me falando desespero-me
Por que não foges?
Tentando ao menos um progresso

O silencio
Está me corroendo
Não suporto, não entendo
Apenas olho-te
Não compreendo
O que tens?
Diga-me!
Ou nada poderei mais fazer
Esperarei que o outro pássaro
Venha esconder-lhe