quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

In-título


O que toda a complexidade do mundo envolve?
Cada ato não pensado? Cada beijo não dado?

Por que me sinto mal pelo que não fiz?
Como posso me sentir mal pelo que não controlo?
A todas essas perguntas vejo apenas uma resposta: humano
É esse o tom que devo levar a minhas conclusões: humano
É esse o caminho que devo seguir: humano
É tudo que não posso controlar que devo consentir: humanos


Nem sempre o que vem à mente de outros é o que vem à mente de apenas um... Nenhum ser pode conter toda a humanidade (pelo menos não um que exista).
O que é a existência? Se não um viver buscando coisas que possam satisfazer meus desejos mais ocultos, que cultivo no fundo de minha alma que ninguém toca. Que nenhum outro sente. Todos os desejos e ações. Tudo que um dia foi canção. Canso-me de tentar achar palavras. Cesso-me a viver medíocre. Inundo-me de influências, sejam boas ou ruins, não importa! Apenas quebro a cabeça em um movimento desordenado de dedos e adagas, a penetrar uma a uma, em um crânio que não deseja mais consumir energia. Que não deseja mais produzir inutilidades.
Um homem qualquer diria: “nem tudo está perdido, ainda podemos recomeçar!”. Recomeçar o que? Se não há começo assim como não há fim. Não existe meio termo, não se pode ser parcialmente, a existência nos controla e dentro de nossos ossos planta a regar todos os dias paranóias, que deveriam ser controladas, mas não são. “Ou você controla o medo ou ele te controla, não tem meio termo”.

Um comentário:

Anônimo disse...

Curti. :)